segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A imagem da Igreja como mãe


O Papa Francisco fala sobre a imagem da Igreja como mãe, que ensina, que acompanha e que reza por cada um de seus filhos.

O Santo Padre disse, logo no início de sua mensagem, o motivo de voltar a falar desse tema: “Eu gosto tanto dessa imagem da Igreja como mãe. Por isto, quis retornar a ela, porque esta imagem me parece que nos diz não somente como é a Igreja, mas também qual face deveria ter sempre mais a Igreja, esta nossa mãe Igreja”. Em sua reflexão, Francisco parte de uma pergunta: “o que faz uma mãe?”

Em primeiro lugar, uma mãe “ensina a caminhar na vida” e a Igreja faz a mesma coisa: orienta a nossa vida, nos ensina como caminhar bem. Os dez Mandamentos nos indicam um caminho a percorrer para amadurecer e para que saibamos como nos comportar. Estes nos ensinam a não fazer ídolos materiais, que depois nos tornam escravos, a lembrar de Deus, a ter respeito pelos nossos pais, a ser honestos, a amar o próximo… Os Mandamentos “são frutos da ternura, do amor próprio de Deus que os doou a nós”. Porém, nos é difícil os compreender dessa forma, pois são proibições que parecem tirar nossa liberdade. Para compreender os mandamentos como frutos do amor de Deus por nós, tentemos “considerá-los como se fossem as palavras, os ensinamentos que a mãe dá para seguir bem na vida. Uma mãe não ensina nunca aquilo que é mal, quer somente o bem dos filhos, e assim faz a Igreja”.

Depois que o filho amadurece, a mãe sempre tem a paciência de acompanhar os filhos. “Aquilo que a impulsiona é a força do amor; uma mãe sabe seguir com discrição, com ternura o caminho dos filhos e mesmo quando erram encontra sempre o modo para compreender, para ser próxima, para ajudar” A Igreja é uma mãe misericordiosa, que entende, procura sempre ajudar, encorajar os seus filhos que erraram e que erram, não fecha nunca as portas da Casa. A Mãe Igreja não julga, mas oferece o perdão de Deus, oferece o seu amor que convida a retomar o caminho aqueles filhos que caíram em um abismo profundo. “A Igreja não tem medo de entrar na nossa noite quando estamos na escuridão da alma e da consciência, para dar-nos esperança, porque a Igreja é mãe!”

Uma mãe sabe pedir, bater a toda porta pelos seus filhos, sem calcular, pois o faz com amor. “E penso em como as mães sabem bater também e, sobretudo, na porta do coração de Deus! As mães rezam tanto pelos próprios filhos, especialmente por aqueles mais frágeis, por aqueles que têm mais necessidade, por aqueles que na vida tomaram caminhos perigosos ou errados”. Quantas orações elevou a Deus Santa Mônica pelo seu filho Agostinho, e quantas lágrimas derramou! “Penso em vocês, queridas mães: quanto rezam pelos vossos filhos, sem se cansarem! Continuem a rezar, a confiar os vossos filhos a Deus; Ele tem um coração grande! Batam à porta do coração de Deus com a oração pelos filhos”. Como as mães, a Igreja coloca nas mãos de Deus, com a sua oração, todas as situações dos seus filhos. Confiemos na força da oração da Mãe Igreja: o Senhor não permanece insensível. Sabe sempre nos surpreender quando não esperamos.

Assim, como nos pediu o Papa Francisco, olhemos para a Igreja como uma boa mãe, que nos indica o caminho a percorrer na vida. A Mãe Igreja é paciente, misericordiosa, compreensiva e sabe colocar-nos nas mãos de Deus. Confiemos na Igreja, que tem sua imagem mais límpida na bem-aventurada Virgem Maria, pois ela é Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. 

Confiemos em Nossa Senhora, especialmente nos momentos difíceis de nossas vidas, quando estamos caídos, em meio a sofrimentos e tribulações. Maria é nossa Mãe e compadece-se de cada um de seus filhos. Ela nos ajudará a levantar, a passar pelas dificuldades e a voltar para o caminho que conduz a seu Filho Jesus Cristo.

Catequese do Papa Francisco (18/09)